sábado, 30 de maio de 2015

Ateliê na sala de aula

Publicado por  novaescola
Objetivo(s) 
Criar um ambiente adequado para o trabalho de arte visual.
Ano(s) 
Ensino Fundamental I
Tempo estimado 
O ano todo.
Material necessário 
Tintas, papéis, pincéis, sucatas, um carrinho e caixas.
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Comece pensando nas possibilidades de reorganização do espaço para a aula de Arte, considerando o uso de carteiras e paredes. Explore também outras áreas, lembrando que é possível desenhar na areia, pintar sobre ladrilhos, riscar o cimento com giz e compor desenhos no chão com as folhas caídas de uma árvore.
2ª etapa 
Utilize um carrinho para transportar tudo de uma sala para outra. Pode ser um carrinho de supermercado adaptado ou, ainda, uma caixa com rodinhas.
3ª etapa 
Para evitar que a aula deixe "rastros", tenha à mão panos e jornais. Combine, ainda, que todos usem uma camiseta velha ou um avental na aula.
4ª etapa 
Ajude os alunos a se familiarizar com o ateliê, ordenando os materiais por tipo (lápis e canetinhas de um lado, papéis de outro). Para incentivá-los a compartilhar, forneça copos descartáveis para dividir a tinta.
5ª etapa 
Providencie um espaço para a apreciação montando uma grande bancada com mesas ou um varal para expor trabalhos.
6ª etapa 
Pergunte o que é preciso fazer para que tudo fique arrumado e limpo no fim: lavar pincéis, jogar jornais sujos fora, guardar a tinta que sobrou, reorganizar carteiras, pendurar trabalhos prontos etc. Organize grupos e responsabilize cada um pela realização de uma dessas tarefas.
Avaliação 
Avalie como os alunos lidam com a nova organização da sala e os materiais, verificando se devolvem tudo ao lugar e limpam os instrumentos adequadamente. Se nem todos tiverem finalizado suas produções, guarde-as para que possam continuá-las na próxima aula de ateliê.
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/atelie-na-sala-de-aula


 ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL
Jusamara Souza
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
1. A importância da Arte na escola
Para se entender o ensino de Arte na escola, é necessário refletir sobre a tarefa da arte
na sociedade contemporânea. Em que sociedade vivemos? Que conceitos de arte
sobrevivem? Quais são as definições atuais de arte? Quando falamos de arte e sociedade,
sobre qual concepção de arte e de sociedade falamos? Existe uma arte específica para uma
determinada cultura? Ou para uma determinada classe social? A tradicional divisão entre
arte popular e arte erudita ainda corresponderia à realidade? O que seria arte erudita? Ou o
que seria uma arte popular? A arte popular não é para ser levada a sério? Serviria apenas
para distrair o leitor/consumidor/ouvinte? Onde se estabelece o limite entre arte e não arte?
Algumas definições de arte
As definições mais conhecidas de arte, segundo Luigi Pareyson, poderiam ser
reduzidas a três: a arte concebida como um fazer, como um conhecer e como um exprimir.
O autor adverte, porém, que “estas diversas concepções ora se contrapõem e se excluem
umas às outras, ora, pelo contrário, aliam-se e se combinam de várias maneiras” (apud
FERRAZ; FUSARI, 2009, p. 102).
Na concepção de arte como fazer, destaca-se o seu “aspecto executivo, fabril,
manual”, ou seja, arte como técnica, predominante na Antiguidade, quando, praticamente,
não havia “distinção entre a arte propriamente dita e o ofício ou a técnica do artesão” (ibid.).
A segunda concepção, que interpreta a arte “como conhecimento, visão,
contemplação”, entende-a “ora como a forma suprema, ora com a forma ínfima do
conhecimento, mas, em todo caso, como visão da realidade: ou da realidade sensível na
sua plena evidência, ou de uma realidade metafísica superior e mais verdadeira, ou de uma
realidade espiritual mais íntima, profunda e emblemática”. Segundo Pareyson, “o fato de se
haver acentuado o caráter cognoscitivo e visivo, contemplativo e teórico da arte contribuiu
para colocar em segundo plano seu aspecto mais essencial e fundamental que é o
executivo e realizador, com grave prejuízo para a teoria e prática da arte” (apud Ferraz;
Fusari, 2009, p. 104).
Já a terceira concepção de arte, advinda do Romantismo, considera que “a beleza da
arte” consiste “não na adequação a um modelo ou a um cânone externo de beleza, mas na
beleza da expressão, isto é, na íntima coerência das figuras artísticas com o sentimento que
as anima e suscita” (ibid., p. 102).
No decorrer do tempo, as concepções de arte como expressão se multiplicaram e se
aprimoraram. Nas concepções atuais de arte, estão presentes as contribuições da Filosofia,
da Sociologia e da Antropologia para o deslocamento do foco das teorias estéticas não mais
sobre a obra de arte, mas sobre as relações que as pessoas criam com os objetos e
produções artísticas.
ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais
Belo Horizonte, novembro de 2010
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Considerando a arte como um produto e construção sociocultural, Pareyson destaca
que
(...) a arte não é somente executar, produzir, realizar e o simples ´fazer´ não basta
para definir sua essência. A arte é também uma invenção. Ela não é execução de
qualquer coisa já ideada, realização de um projeto, produção segundo regras dadas
ou predispostas. Ela é um tal fazer, que enquanto faz, inventa o por fazer e o modo
de fazer. A arte é uma atividade na qual execução e invenção procedem pari passu,
simultâneas e inseparáveis, na qual o incremento de realidade é constituição de um
valor original. Nela concebe-se executando, projeta-se fazendo, encontra-se a regra
operando, já que a obra existe só quando é acabada, nem é pensável projetá-la
antes de fazê-la e, só escrevendo ou pintando, ou contando é que ela é encontrada e
é concebida e é inventada (PAREYSON apud FERRAZ; FUSARI, 2009, p. 105).
Se arte é invenção, para Ferraz e Fusari (2009), ela é também “produção, trabalho e
construção” já que a arte inclui “o artista, a obra de arte, os difusores comunicacionais e o
público” (p. 56). Segundo as autoras, a concepção de arte está diretamente relacionada
“com o ato de criação da obra de arte, desde as primeiras elaborações de formalização
dessas obras até em seu contato com o público” (p. 56).
Uma obra de arte é feita para ser vista, consumida, difundida no mundo cultural e
num determinado contexto histórico-social. Por essa razão, a obra artística só se completa
“com a participação do espectador”, que recria “novas dimensões dessa obra a partir do seu
grau de compreensão da linguagem, do conteúdo e da expressão do artista” (FERRAZ;
FUSARI, 2009, p.56).
O principal sentido da obra de arte estaria, portanto, na “sua capacidade de intervir
no processo histórico da sociedade e da própria arte e, ao mesmo tempo, ser por ele
determinado, explicitando, assim, a dialética de sua relação com o mundo” (FERRAZ;
FUSARI, 2009, p. 107).
Funções sociais da arte
A arte hoje tem muitas definições. Ela não é mais vista no sentido clássico da arte do
belo (SCHOPENHAUER), mas é também considerada em suas funções sociais. Para que
serve a arte? Que funções se colocam para a arte na sociedade em que vivemos? A arte
teria uma tarefa que iria além de ela ser ela mesma? Seguiria ela o mesmo princípio
proposto por Gertrude Stein, “a rose is a rose is a rose” poder-se-ia se dizer: arte é arte é
arte e nada mais?
Como lembram Ferraz e Fusari (2009, p. 101), “a arte está intimamente vinculada ao
seu tempo, não podemos dizer que ela se esgote em um único sentido ou função. É por isso
que, ao buscarmos definições para as artes, podemos esbarrar em conceitos até
contraditórios e que foram incorporados pela cultura”. Ao procurar definir o conceito de
música, por exemplo, Bohlman escreve:
Música pode ser o que pensamos que seja: ou pode não ser. Música pode
ser sentimento, sensação, sensualidade, mas também pode não ter nada a
ver com emoção ou sensação física. Música pode ser aquilo para o qual
alguns dançam ou fazem amor: mas, tal não é necessariamente o caso.
Em algumas culturas há categorias complexas para pensar sobre música,
ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais
Belo Horizonte, novembro de 2010
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em outras, parece nem haver a necessidade de especular sobre música,
contemplando-a (BOHLMAN, 1999, p. 17).
O que se espera da música hoje? O que milhares de pessoas esperam é poder
relaxar, buscar o prazer, ou mesmo utilizá-la com fins terapêuticos. Música, nessa direção,
tem o efeito de uma droga leve: ela ajuda a sair de um momento ruim, dá um consolo
fugitivo, por permitir que se saia de si mesmo por um momento, como acontece nas festas
raves ou na trance-music.
Na necessidade da arte ou, entre os objetivos da arte colocados por Platão (políticoideológico)
a Stockhausen (espiritual-terapêutico), existe, portanto, um amplo leque de
possibilidades no qual a sociedade utilizou e utiliza a arte para diversos fins, inclusive os não
artísticos. Assim, as artes também tornam-se um campo vasto de produções.
Objetivos do ensino de Arte
Pensar sobre os sentidos e funções da arte conduz necessariamente ao
conhecimento do próprio processo artístico, que, como mencionado, inclui
produtores/artistas/autores; as obras/produtos artísticos; as formas de
comunicação/distribuição/difusão e suas relações com o público/plateia/apreciadores
(FERRAZ; FUSARI, 2009, p. 57).
A disciplina Arte deve garantir que os alunos vivenciem e compreendam aspectos
técnicos, criativos e simbólicos em música, artes visuais, teatro, dança e suas
interconexões. Para tal é necessário um trabalho organizado, consistente, por meio de
atividades artísticas relacionadas com as experiências e necessidades da sociedade em que
os alunos vivem.
A arte pode favorecer a formação da identidade e de uma nova cidadania de
crianças e jovens que se educam nas escolas, contribuindo para a aquisição de
competências culturais e sociais no mundo no qual estão inseridos. O objetivo a que se
propõe o ensino de Arte, em toda a sua especificidade prevista na forma de lei, é essencial
para a construção da cidadania. O ensino de Arte trata de relacionar sentimentos, trabalhar
aspectos psicomotores e cognitivos, planejar e implementar projetos criativos e se engajar
emocionalmente neles, num permanente processo reflexivo. Talvez mais que em outras
disciplinas, no ensino de Arte, os alunos são obrigados a entrar em contato consigo
mesmos, quando, por exemplo, criam uma coreografia, realizam um jogo teatral, interpretam
uma música ou apreciam um quadro. Isso não é nada menos do que formar a sua própria
imagem de mundo, compreender a realidade.
Revelar o potencial criativo para o desenvolvimento como ser humano, ampliar a
capacidade de julgar e agir, ter responsabilidade, tolerância, consciência dos valores são
alguns dos outros objetivos dessa disciplina. Diante da complexidade presente nas escolas,
como problemas de violência, dificuldades de concentração e interesse dos alunos pelas
aulas, as tarefas dos professores de Arte parecem crescer nesse espaço. Efetivamente, a
arte pode ajudar nas diversas formas de trabalhos coletivos por meio dos quais os alunos,
em grupos ou em equipes, podem definir eles mesmos objetivos e, depois, chegar a
resultados que foram trabalhados em conjunto. As competências de trabalhar em equipe,
assumindo partes de tarefas independentes como a experiência de grupos vocais e
instrumentais ou grupos teatrais e de dança, são competências que estão relacionadas com
ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais
Belo Horizonte, novembro de 2010
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a metodologia de trabalho na área de Arte. Mas a arte permite também um trabalho
individual que discute a tolerância, o exercício para com o outro. Esse trabalho pode
promover a autoconfiança e a coragem de se mostrar. Geralmente, essas competências são
ignoradas na escola, aparecendo em momentos pontuais e como decoração do ambiente.
O campo das arte é visto como um campo teórico-prático. Ao invés de consumir
grandes quantidades de conhecimento escolar, que será esquecido logo após as provas, o
ensino de Arte reivindica para si, através de um trabalho prático, orientado para a ação,
ancorar o conhecimento sensorial que envolve todos os sentidos: visão, tato, olfato, audição,
gustação. Onde o ensino tradicional promove o pensamento linear, causal, a arte oferece o
pensamento em rede, discursivo e trabalha com a inteligência emocional. A tentativa é a de
superar um discurso modernista em que razão/sentimento, corpo/alma são tratados de uma
forma dicotômica.
Em resumo, o campo das artes oferece aos alunos oportunidades de realmente
aprenderem para a vida. Isso ocorre porque o ensino de Arte oferece um espaço de
experiência. Quem é artisticamente criativo pratica o exercício da livre escolha. Aqueles que
constroem modelos aprendem a redesenhar o futuro, procuram novas soluções, exercitam
suas faculdades críticas na leitura de mundo.
Vale ressaltar que essas competências deveriam estar no foco de toda a escola e
não apenas no ensino de Arte e seus métodos, pois, caso contrário, o ensino de Arte pode
se tornar uma ilha criativa no conjunto de disciplinas escolares, deixando pouco espaço para
uma aprendizagem orientada para a ação e para a compreensão por meio dos sentidos,
uma aprendizagem vivencial. Aprender, nesse caso, significa sempre vincular questões de
interesse da área com o interesse dos alunos.
3. Questões básicas para o ensino de Arte
Qual tem sido a realidade das escolas no ensino de Arte? Com a aprovação da Lei
9394/96, várias práticas de ensino de Arte foram adotadas. Levando em conta os poucos
profissionais com habilitação na área, a pouca formação específica dos professores
regentes de classe, o pouco interesse e conhecimento das escolas, bem como os escassos
recursos para a área, muitos professores ainda têm dificuldades em operacionalizar os
objetivos propostos nos documentos curriculares sugeridos pelo MEC.
Considerando que o tempo escolar e o tempo de aula são limitados e que existem
saberes mais ou menos importantes, a tarefa da didática e da organização de diretrizes
curriculares é responder ao que deve e pode ser ensinado, isto é, que situações e
problemas crianças e adolescentes vão confrontar. Os conteúdos de Arte nos Parâmetros
Curriculares do Ensino Fundamental são propostos com base em três eixos norteadores:
apreciação, produção e reflexão. Os eixos são diferenciados, apoiados nos objetivos de
compreender como a arte é constituída, criar e inventar novas realidades e pensar a
produção artística presente na realidade.
Em relação ao primeiro objetivo, trata-se de compreender qual realidade construímos
com o mundo estético, quais influências tem a arte na nossa visão pessoal e social de
mundo, como fazemos nossas experiências nas artes e quais conhecimentos adquirimos.
Para tal, o eixo inclui as questões da percepção, da cultura, da semiótica, das condições
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formais e estruturais dos diferentes meios de comunicação, da interpretação de imagens e
obras de arte, das análises críticas de textos teatrais.
Em relação ao objetivo de criar e inventar, trata-se de oferecer métodos, técnicas e
estratégias para a formação e a criação de ambientes estéticos, de experiências
perceptivas, ou seja, imagens, objetos, músicas, peças e jogos teatrais que podem ser
produzidos. Visam ao desenvolvimento da criatividade. O objetivo de ensar as produções
artísticas existentes diz respeito à compreensão de como determinados meios foram
utilizados e que formas de arte estão disponíveis no acervo cultural da humanidade, que
influenciaram e influenciam o mundo.
Essa organização mostra que as aulas de Arte não se resumem a pintar um quadro
ou cantar uma “musiquinha”. Projetos envolvendo arte e mídias, história da arte, elaboração
de roteiros para filmes e outros campos interdisciplinares são considerados. De uma forma
sucinta, os documentos apresentam alguns exemplos de conteúdos que podem ser
trabalhados indicando como as intersecções entre eles podem ser feitas.
Se de um lado esses parâmetros consolidaram, no país, a transição dos currículos
produzidos durante o regime militar para currículos mais democráticos, por outro, as novas
direções propostas tiveram algumas dificuldades na implantação de estruturas do sistema
escolar. Em geral, quem quer realmente fazer um bom trabalho em Arte nas escolas não
consegue fazê-lo sem uma boa dose de dedicação e de engajamento pessoal. Isso pode ser
traduzido em inúmeras horas extras, em trabalho noturno e em finais de semana.
Professores de Arte concordam que todas as séries do Ensino Fundamental deveriam ter
como requisito mínimo duas horas por semana de aulas de Arte. Na prática, ainda são
poucas as escolas públicas que conseguem manter um oferecimento regular e qualificado
na área de Artes. A diminuição da carga horária das aulas de arte e a dificuldade dos
professores em manter a disciplina como parte integrante do currículo contrastam com as
tarefas cada vez mais abrangentes com que eles se defrontam em decorrência da
ampliação do conceito de arte.
Hoje sabemos que devemos entender arte como um fenômeno social e em sua
diversidade de manifestações. O fenômeno da hibridização cultural (GARCIA CANCLINI,
2000) se faz presente também no campo das artes, e é preciso trazer essa questão quando
se fala na permanência e na perpetuação de determinados repertórios. A chamada música
clássica seria, por exemplo, uma das músicas disponíveis no acervo cultural da
humanidade. Precisamos formar plateias para as diversas músicas entendendo que o
trânsito entre elas está cada vez mais fluente.
A variedade de possibilidades de conteúdos que o ensino de Arte oferece reflete-se
também nos métodos que podem ser aplicados. Entre eles Arte-educação; Ensinando

através da arte; A experiência estética cotidiana; História da arte ou Multiculturalidade.

Aprender também fora da escola

"Lições de casa devem incluir atividades que relacionem os conteúdos disciplinares com questões atuais e com a vida dos estudantes

Desde os primeiros anos do Ensino Fundamental até a conclusão da Educação Básica, espera-se que crianças e jovens desenvolvam conhecimentos e habilidades para se comunicar, compreender o mundo, fazer escolhas e desenvolver suas potencialidades. Esses conteúdos de instrução e formação, adequados à faixa etária de cada etapa escolar, são relacionados sempre que possível à vida e ao contexto dos alunos. Eles podem também ser objeto de atividades mais significativas e estimulantes do que os rotineiros deveres e tarefas de casa, pois é maior o envolvimento dos alunos quando o que se aprende na escola está associado ao que se faz fora dela. Tenho observado iniciativas de professores ou de escolas em que essa prática, muitas vezes articulada ao planejamento do ensino, alcança resultados encorajadores.

Isso ocorre quando se mesclam conteúdos com atualidade, avaliações que verificam as habilidades -- mais do que a retenção de informações -- e atividades extraclasse com contexto real e objetivos claros, como nos exemplos que menciono a seguir. Uma criança no 4º ano pode ajudar a preparar e anotar a lista de compras semanais de sua família, e não somente descrever a mesma gravura que seus colegas descreverão. Junto com seus pais, pode fazer uma tabela dos produtos que faltam ou que estão se esgotando, anotando algumas informações, como sua natureza, a marca ou o tipo de vasilhame e a quantidade. Pode também acompanhar as compras, somando os valores e antecipando o total para não ultrapassar os recursos disponíveis.

No 6º ou 7º ano, pode fazer um mapa de origem e deslocamento de seus familiares ou antepassados e descobrir por que migraram. Um questionário deve ser preparado com antecedência em classe, juntamente com a orientação para as entrevistas. As histórias, depois, são sistematizadas e apresentadas em classe. Já um jovem do 8º ano pode avaliar a relação entre a soma das horas sob o chuveiro e as contas mensais de água e energia e avaliar o impacto do uso de chuveiros e outros equipamentos de maior potência nas contas de sua casa e o peso delas no orçamento doméstico, assim como o custo do gás de cozinha ou do combustível do automóvel. Em classe, pode estudar a demanda de energia no país e das principais fontes energéticas disponíveis, como hidroeletricidade, petróleo e biomassa.

Mais do que nas tradicionais tarefas de casa, os próprios alunos e seus responsáveis podem acompanhar seu progresso nessas atividades, o que já constitui outra razão para adotá-las. Como são realizadas em diferentes circunstâncias, a avaliação delas não tem gabarito único: em sala de aula, as observações individuais são discutidas e sistematizadas para que o aprendido individualmente seja elaborado coletivamente. Por vezes, a lição pode demandar supervisão e atenção contra possíveis riscos. Mas o esforço se justifica por desenvolver a participação com protagonismo, inestimável para o desenvolvimento de cada estudante.

A ampliação do conceito de tarefa, portanto, não se resume à maior eficiência, pois o trânsito de mão dupla entre conteúdos disciplinares e vivência real, entre a experiência de cada um e o aprendizado de todos, é um aprimoramento do sentido da Educação.

Vale questionar por que essa prática não ocorre em toda escola ou com mais frequência. Talvez seja porque, exceto em "estudos do meio" típicos de certas disciplinas, prevaleça a ideia do dever de casa padronizado com respostas prontas, quando parece óbvio que alunos pouco interessados na escola possam se motivar por ações práticas fora dela. Mas as escolas que preveem, em seus projetos político-pedagógicos, o envolvimento de alunos, famílias e professores em atividades contextualizadas e com iniciativa como as citadas passam a atuar como verdadeiras comunidades de aprender."


Luiz Carlos de Menezes

FONTE

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Feira de Ciências

"A escola usa como estratégia para atrair os familiares e assim por em prática tudo que os alunos aprenderam. 

O que é:

A feira de ciências é um evento anual que visa incentivar a produção cientifica nas escolas através de projetos e experimentos.

O termo feira de ciências refere-se geralmente a um concurso escolar, para alunos de qualquer nível de ensino, e que envolve uma exposição pública de projetos científicos de sua escolha. Os projetos são julgados por um júri, e alguns trabalhos são premiados.

Hoje em dia quase todas as instituições de ensino fazem uso das “Feiras de Ciência” onde,são divulgados vários experimentos estimulando o conhecimento do estudante, proporcionando um alto nível de rendimento escolar. 

Objetivo
Promover o desenvolvimento da criatividade e da capacidade do aluno."

Colaboração Beatriz

"Sobre o Sarau, um vídeo que esclarece a ideia e o conceito"


O que é um SARAU e como organizar um:


Gionvana


Dicas na integrante do grupo para "Feira de Ciências"


  • Vulcão - utilizando papelão e fita adesiva;
  • Ovo - dentro da garrafa;
  • Água - transformação da água suja para a água limpa. 
"Inicialmente ocorre a pré-filtragem. A água flui por uma câmara dotada de pequenos orifícios — que impedem a passagem das partículas de maior diâmetro — e de um sistema destinado a retirar limo, lodo e demais impurezas. Em seguida, acontece a pré-purificação, feita por camadas de carvão ativado, que adsorvem cloro e outras substâncias orgânicas. Se achar conveniente, esse é um bom momento para recordar o significado de adsorção.

Na seqüência, a água é dirigida para um segundo compartimento, revestido de carvão ativado impregnado com prata — a fim de eliminar resíduos de cloro e de substâncias odoríferas — e outra camada de carvão extrafino que, além de remover o cloro, inibe a reprodução de microrganismos. Ainda nesse ponto do processo, a água atravessa um disco microtexturizado, que age como retentor de resíduos.

A desinfecção, isto é, a eliminação de microrganismos contaminadores é realizada num terceiro compartimento. Provoca-se o turbilhonamento da água em um tubo espiralado, submetendo-a depois à radiação UV, com temperatura entre 40 e 50 graus Celsius. Assinale que a radiação UV quebra as estruturas moleculares dos seres microscópicos, matando-os e retirando da água possíveis bactérias patogênicas. Depois disso, a água está pronta para o uso. Realce que é necessário realizar a retrolavagem do filtro a cada sete dias, a fim de limpar os componentes filtrantes."





FONTE

Dayana

Algumas sugestões de temas para SARAU NA ESCOLA"

"- POESIA

- HOMENAGEM A PRIMAVERA

- LENDAS E MITOS NO IMAGINÁRIO POPULAR

- CULTURA É O QUÊ?

- HOMENAGEM AO SAMBA

- HERANÇA AFRICANA

- A ARTE DA CAPOEIRA

- HOMENAGEM AO TEATRO E CIRCO

- SARAU JUNINO

- LIVRE ( COM DIVERSOS TEMAS )

- SARAU POÉTICO INFANTIL

PODEMOS ESCOLHER DIVERSOS TEMAS, PODE SER REFERENTE Á DATAS COMEMORATIVAS, HOMENAGENS, E ATÉ MESMO TEMAS LIVRES E ESPONTÂNEOS.

POR UM MUNDO COM MAIS SARAUS NAS ESCOLAS!!!!!

OS ALUNOS ADORAM, APRENDEM E OS PAIS TAMBÉM.

TODAS ESCOLAS TINHAM QUE TER!!!"

Clariana

Feira de Ciências - Entendendo um pouco mais!

"A escola usa como estratégia para atrair os familiares e assim por em prática tudo que os alunos aprenderam. 

O que é:

A feira de ciências é um evento anual que visa incentivar a produção cientifica nas escolas através de projetos e experimentos.

O termo feira de ciências refere-se geralmente a um concurso escolar, para alunos de qualquer nível de ensino, e que envolve uma exposição pública de projetos científicos de sua escolha. Os projetos são julgados por um júri, e alguns trabalhos são premiados.

Hoje em dia quase todas as instituições de ensino fazem uso das “Feiras de Ciência” onde,são divulgados vários experimentos estimulando o conhecimento do estudante, proporcionando um alto nível de rendimento escolar. 

Objetivo
Promover o desenvolvimento da criatividade e da capacidade do aluno."

Beatriz